DoRIS
Furg conquista pódio na Copa do Mundo da Robótica
Equipe da universidade rio-grandina ficou em terceiro lugar na categoria @Home no mundial disputado na Tailândia
A equipe Butiá Bots (FBOT), composta por estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) - com participação de alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e do IFRS -, conquistou o terceiro lugar em uma das categorias mais concorridas da RoboCup - conhecida popularmente como a Copa do Mundo da robótica. O evento itinerante este ano foi realizado durante a última semana, em Bangkok, na Tailândia. A Furg foi a primeira universidade fora do Estado de São Paulo a conquistar uma das vagas para o mundial na categoria @Home, responsável por testar as respostas de um robô a tarefas domésticas.
"O resultado obtido foi excepcional, dado o alto grau de competitividade da categoria que participamos e o fato de ser a primeira vez que participamos em nível mundial. Por outro lado, a Furg tem um logo histórico de excelência no desenvolvimento e formação de recursos humanos na área de Robótica", comenta o coordenador da equipe, o professor Paulo Drews.
Nesta edição do mundial, três equipes brasileiras ganharam destaque no evento. A RoboCin, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ganhou primeiro lugar na categoria Small Size League Div. B de Futebol de Robôs, e a RoboFei (FEI-SP), ganhou o primeiro lugar na mesma categoria em que o time da Furg conquistou o terceiro lugar. "Duas das três melhores equipes do planeta em robótica doméstica são brasileiras", comenta o professor Rodrigo Guerra.
A equipe
A FBOT é atualmente composta por cerca de 50 alunos, principalmente dos cursos de Engenharia de Automação, Engenharia de Computação e Sistemas de Informação, e compete em diversas modalidades. A equipe que representou a Furg na competição foi composta pelos estudantes Jardel Dyonisio, Pedro Corçaque, Igor Maurell e João Francisco Lemos. Outros membros - acadêmicos da Furg, da UFSM e do IFRS Passo Fundo - não acompanharam a delegação por falta de recursos, mas participaram ativamente, de forma remota, auxiliando inclusive no desenvolvimento de códigos durante a competição.
Doris, a robô
Medindo pouco mais de um metro e meio, DoRIS - acrônimo para "Domestic Robotic Intelligent System", foi programada para expressar sentimentos e executar tarefas domésticas com o auxílio de um braço mecânico também projetado e construído pela equipe. O projeto do robô foi desenvolvido junto com a UFSM e possui um valor estimado para custeio de R$ 50 mil reais, financiado principalmente por um edital internacional de fomento da própria RoboCup vencido pela equipe em 2018, e utilizando materiais reciclados de projetos anteriores das duas universidades.
Durante a RoboCup, os robôs competidores realizaram tarefas e testes dentro de uma casa simulada, em um ambiente realista e não padronizado. As provas tiveram duração entre cinco e 15 minutos, nas quais foi necessário identificar objetos, pessoas, manipular itens e detectar quando alguém pede algo falando e gesticulando ao robô. DoRIS também precisou responder perguntas pré-definidas e transitar em ambientes sem colidir com os obstáculos.
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